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FONTES DE DADOS VS FONTES DE INFORMAÇÃO: UM NOVO PARADIGMA
Autor: Adilson Alfredo Adão Dias
Assim como nos outros artigos escrito por mim, e este não foge à regra; apresenta um caráter subjetivo, ou seja, é um artigo de opinião no sentido lado da palavra. São constatações pessoais baseadas nas pesquisas e análises. No entanto, certamente que ao terminares a leitura, acabarás em concordar comigo em alguns aspectos apresentado no mesmo; noutros não, e isto é maravilhoso, porque assim é que se faz CIÊNCIA.
De referir que é sempre uma honra e responsabilidade tratar e disseminar opiniões acerca desta área de estudo, a Ciência da Informação. Este ensaio faz menção ao paradigma criado em volto de teorias que, a meu ver, carecem de uma atenção detalhada. Para isto, o mesmo está consubstanciada em diversas teses e teorias apresentadas por aqueles considerados “Gurus” na área. Tudo para manter a maior cientificidade possível.
Sinceramente, há tanto a dizer sobre está temática. No entanto, procurei comprimir o máximo possível para não torna-lo tão longo e cansativo à você.
Propus-me em pesquisar MAIS sobre este assunto quando me foi apresentado, em sala de aula. Causou em mim algumas inquietações e discordâncias às teorias apresentadas por pessoas consideradas tanto gurus como pioneiros da ciência enquanto área do saber. Não que esteja a discordar deles, quem sou eu academicamente para fazê-lo, porém desejo apenas refletir e mostrar algumas incongruências apresentadas por eles. Tudo a luz da ciência.
Vamos mergulhar um pouco nesta abordagem.
Viaje comigo nesta analogia ilustrativa: Um certo padeiro deseja realizar a mais nobre das suas profissões, fazer pão. Para isto, ele faz uma lista de tudo quanto ele terá de adquirir para efetivar este seu desejo. No dia seguinte, ele vai à praça e compra as matérias-primas como a farinha de trigo, o sal, a água, etc. (os que conhecem a arte, certamente que nos comentários hão de nos dar a receita mais detalhada). No mesmo dia, o padeiro faz a magia. Junta os ingredientes, utilizando ferramentas ao seu dispor, faz as misturas, endireita a massa, faz toda a magia até chegar ao forno. Findando o tempo necessário no mesmo, ele tira-o; o cheiro deambulava por toda à casa chegando até à vizinhança, sua textura agradam aos olhos; e ai estava o que ele almejou no início, o Pão. O seu produto final.
(Não sei a você, mas a mim deu-me um desejo ardente de comer pão). No entanto, pode ignorar a ilustração. Vamos já fazer ciência.
O dicionário priberam da Língua portuguesa conceitua a palavra “FONTE” da expressão original fontis, que significa nascente, origem, princípio). A palavra é muito usada quando relacionado a “nascente de água”, porém a Ciência da Informação absorve-a para referir a origem, o princípio, de alguma informação. No entanto, quando consultada é unicamente considerada FONTE DE INFORMAÇÃO? Quando é que consideramos “fonte de informação” ou “fonte de dados”?
Há uma errónea perceção por parte de estudantes e profissionais de informação, no aspeto conceitual e por definição de “fonte de informação”, ou seja, quando o fazem desassociam-no de outras variáveis como O SISTEMA DE INFORMAÇÃO, O USUÁRIO/UTENTE DA INFORMAÇÃO, O AMBIENTE, etc. O que pretendo afirmar é que estas variáveis acima mostrada é que vão determinar se a fonte em causa será tratada como FONTE DE INFORMAÇÃO e/ou FONTE DE DADOS.
Quando Costa (2003) afirma que a informação é concebida como matéria-prima para gerar o conhecimento; é justo afirmar que a mesma primícia vale para os dados, ou seja, dados é concebida como matéria-prima para gerar informação. E se isto for verdade, é justo afirmar que a INFORMAÇÃO é o produto final dos sistemas geradores e que se dedicam, especificamente, a criarem informação (brevemente falarei também acerca deste assunto, classificação dos sistemas de informação).
Ora vejamos. Se um sistema de informação quer gerar ou saber “QUEM SÃO OS SEUS USÚARIOS?” – este é o produto final dos seus esforços; terá de desencadear uma série de atividades para gerar todos os dados referentes aos seus usuários como os nomes, morada, contatos, situação económico-financeira, preferências, etc – estes são os dados. Logo, a mim parece incoerente afirmar que estes elementos insolados são as fontes de informação, sendo que só será uma informação quando passar pela fase do processamento como afirmam as literaturas. A meu ver, estes são considerados FONTES DE DADOS.
E o que são fontes de dados? (perguntam vocês). Fontes de dados são todos aqueles registros que forneça, aos sistemas de informação, dados que o possibilitam-no processar para assim transformar em informações.
E então, o que são fontes de informação (perguntam novamente). Cunha (2001) já o definiu e muito bem ao afirmar que fontes de informação são documentos ou fontes que confirmem qualquer conhecimento e que permita ser incluída uma determinada compilação bibliográfica.
De forma sintética, a diferença entre ambas é a seguinte:
Quando alguém (individual ou coletiva) quer produzir INFORMAÇÃO, deve obrigatoriamente recorrer as FONTES DE DADOS para a efetivação da mesma, como na ilustração do padeiro inicialmente mostrada; e quando este mesmo alguém ou outro (individual ou coletiva) quer confirmar ou refutar a informação/conhecimento por ele já obtido, deve recorrer as FONTES DE INFORMAÇÃO, não as fontes de dados porque ele não pretende gerar informação
Nota: De referir que o utente/usuário deve recorrer aos diferentes tipos e fontes e sistemas de informação. O que vai determinar a sua designação é o seu fim, se é para produção ou confirmação/refutação de uma informação.
É imprescindível que não soneguemos o princípio apresentado por Costa (2003), sobre a informação como matéria-prima. É necessário que respeitemos a hierarquia dos DADOS, INFORMAÇÃO e CONHECIMENTO apresentado no artigo passado, o 5º mandamento dos “10 MANDAMENTOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO”.
E como fica a sua classificação quanto as fontes primarias, secundarias e terciarias?(indagam novamente). O principio é o mesmo. Terá FONTE DE INFORMAÇÃO primária, secundária e terciária, assim como FONTE DE DADOS primário, secundário e terciário.
Só para apimentar mais, saiba que existe sistemas de informação que não consulta as fontes de dados e sim, somente, as fontes de informação. PORQUE ELES NÃO PRODUZEM INFORMAÇÃO. Isso mesmo que leste: HÁ SISTEMA DE INFORMAÇÃO QUE NÃO PRODUZ INFORMAÇÃO. Irei tratar este assunto com mais detalhes quando debruçar sobre a classificação dos sistemas de informação.
Por enquanto, prefiro parar aqui (risos).
Talvez esteja difícil de perceberes e tenha criado em você mais ambiguidades. Estou disponível para respondê-las e juntos analisarmos estes aspetos com mais calma. Entretanto, peço que calmamente analises estas questões, leia novamente, reflita, faça pesquisas, converse sobre isso com outra pessoa. Faça uma antítese. Faça ciência!
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SUGESTÕES: faça uma pesquisa sobre CIÊNCIA DE DADOS (é uma ciência nova, tal igual à da Informação). Já há muito material na internet.
OBRIGADO POR CHEGARES ATÉ CÁ. SEM ESQUECER, VOCÊ QUE CONHECE A RECEITA COMPLETA DO PÃO, PASSE PARA NÓS NOS COMENTÁRIOS ... PORFAVOR.
A VOCÊ QUE TEM UM PARECER E/OU DÚVIDA ACERCA DESTE DO ASSUNTO ABORDADO, NÃO ÊXITE, PÕE NOS COMENTÁRIOS. VAMOS NOS INDAGAR E APRENDER JUNTOS
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atualizado em: 31 de março de 2023