Miopia do marketing eleitoral
A importância das enchentes nos comÃcios, passeatas e nas manifestações públicas dos partidos polÃtico
O ano das eleições gerais à presidência da república é vista pelos cidadãos e partidos polÃticos como a festa da democracia de um Estado. Para os angolanos não é diferente. Em 24 de Agosto, Angola irá vivenciar a 5ª eleição geral à presidência da república. Momento este que procede à variadÃssimas tensões, as chamadas campanhas eleitorais.
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Nesta eleição que se avizinha, irão disputar pelo mais alto cargo do Estado, a formação do governo executivo, 7 partidos polÃtico e 1 coligação Eleitoral. Totalizando em 8 concorrentes.
Sendo este um momento de persuadir o cidadão em, no dia 24, dar o seu voto para um concorrente, os concorrentes utilizam diversas técnicas e ferramentas para realizarem este objetivo. Sendo uma destas técnicas e ferramentas o MARKETING ELEITORAL.
Dos vários aspectos a serem realçados sobre o tema em epigrafe, iremos debruçar sobre o subtema no mesmo. Claro que dada a vastidão do assunto não iremos o apresentar, nem falar sobre todos os meandros do mesmo. No entanto, procuramos trazer aqui aspectos que consideramos crucial nesta análise.
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O autor e pesquisador Marcelo de lima, em seu livro marketing eleitoral, realça que “com a crescente sofisticação da aplicação das modernas técnicas de marketing nas disputas eleitorais, torna-se cada vez mais importante para o candidato dirigir sua campanha de uma maneira cientifica, procurando maximizar suas chances de vitória em um cenário altamente competitivo”. (Lima, 2000). Sabendo disto, “alguns” partidos polÃtico angolanos fazem o uso desta ferramenta cientifica.
Em comportamento humano e a psicologia explicam que o cérebro humano crê ser “verdadeiro” um facto ou acontecimento que é aceite por “muita gente”. Exemplo disto é aquele momento que estamos a passar numa “praça” e de repente vimos muitas pessoas paradas numa “bancada” a comprarem um dado produto; O que acontece com ele(a) que está a passar? TAMBÉM PARA. Ao menos, para ver o que faz as pessoas estarem ai paradas a comprarem.
O mesmo princÃpio é aplicado nas campanhas eleitorais. Com objetivos diferente, sendo um deles:
– Desincentivar o eleitorado da concorrência em não votar na concorrência e/ou votar no aplicador desta estratégia –
Em termos práticos isto funciona da seguinte maneira: Quando o eleitorado (sobretudo os incertos) vê um comÃcio, passeata e/ou manifestação polÃtica do outro partido super lotado, abarrotado de pessoas, “supostos eleitores”, o mesmo eleitor acredita que o seu único voto contra à quele partido polÃtico não fará diferença nos resultados finais e decide abster-se da mesma eleição e, mais ainda, votar para o partido que acredita ser a maioria.
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É muito importante durante a campanha eleitoral os partidos concorrentes passarem a imagem que são a maioria; que a maioria dos cidadão eleitores o querem no poder. Se um concorrente querer ganhar as eleições deve prestar atenção sabiamente neste aspecto. Uso o que tiver em sua “mão” e mais alguma coisa. Suborna, Obriga. Não importa o que vai fazer, mas encha com pessoas nos seus comÃcios, passeatas e/ou manifestações.
Tem de se ouvir nas ruas “eles são muitos, meu voto contra não vai fazer muita diferença”. A eleição ganha-se antes do dia de ir à s URNAS. Algo que o partido MPLA (com a máxima “somos milhões, e contra milhões ninguém combate”) e a UNITA fazem muito bem, de forma visÃvel nos seus comÃcios, passeatas e/ou manifestações. – acredite, amigo, isto é filosófico e cientifico. Não foi criada só por criar.
O autor do livro Arte da Guerra, Sun Tzu, realça, no mesmo, que a excelência em ganhar uma guerra não é no dia e campo de batalha, é garantir que quando este dia chegar o inimigo tenha 00% de chance de ganhar. Ou seja, ganhe a guerra sem precisar combater uma batalha. Neste caso da eleição, é garantir a vitória muito antes de os cidadãos eleitores irem às urnas escolher o vencedor.
- faça o inimigo tremer de medo de tal modo que o faça desistir de ir guerrear;
A questão é: Como um partido polÃtico e/ou coligação eleitoral deve reagir perante esta situação que foi submetida por outro? Simples. Dando e reforçando aos seus eleitores e possÃveis eleitores à certeza que a vitória é certa. Fazendo-os acreditar fielmente a serem corajosos e não abster-se desta luta que certamente será ganhada.
Em Marketing eleitoral é importante que os concorrentes estejam de “olho num ao outro”. Utilizando a Utopia ou a Distopia a seu favor, quando necessário.
Em gesto de conclusão, recomendamos a ler o livro de Marcelo O. Coutinho de Lima – Marketing Eleitoral
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